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Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Cognição, Tecnologias e Instituições - PPGCTI (Mestrado)

Planejamento estratégico do Programa, considerando também articulações com o planejamento estratégico da instituição, com vistas à gestão do seu desenvolvimento futuro, adequação e melhorias da infraestrutura e melhor formação de seus alunos, vinculada à produção intelectual – bibliográfica, técnica ou artística.

1. AS FORÇAS E FRAGILIDADES INTERNAS E AS OPORTUNIDADES E RESTRIÇÕES EXTERNAS

1.1 FORÇAS DO PROGRAMA
1) A diversidade de áreas de formação do corpo docente e discente do programa potencializa novas formas de produção na pesquisa interdisciplinar
2) As temáticas de investigação e seu potencial de inovação na produção de conhecimento científico de grande demanda no contexto social local.
3) A ética e o respeito na convivência do corpo social do curso, especialmente na condução do trabalho realizado, interagindo com a proposta e os produtos derivados das pesquisas e intervenções desenvolvidas.
4) As linhas pesquisa do programa interagem com a proposta do curso e apontam para o fazer interdisciplinar no campo das ciências humanas e sociais;
5) A presença no quadro docente de pesquisadores com alta produtividade e perfil de pesquisa interdisciplinar;
6) O apoio institucional em termos de apoio e infraestrutura acadêmica, tecnológica e o acervo da biblioteca.
7) Ações de internacionalização do programa com universidades da Itália, Colômbia, França, Espanha, Canadá e Portugal.
8) Forte vínculo dos docentes com a graduação, articulando estes alunos com as pesquisas de pós-graduação.
9) Composição de bancas de defesa do mestrado com avaliadores externos ao programa e conceituados em suas áreas.
10) Alta demanda da comunidade nos processos seletivos para ingresso no programa.
11) Número considerável de discentes defendendo dentro do prazo de 24 meses.

1.2 FRAGILIDADES DO PROGRAMA
1) Baixo percentual de egressos que publicam em coautoria com docentes.
2) Baixo percentual de docentes com melhores índices de publicação.
3) Ausência de comissão de acompanhamento de bolsistas.
4) Baixo percentual de docentes e discentes que atualizam o Currículo Lattes constantemente.
5) Desequilíbrio na distribuição dos discentes entre as linhas de pesquisa.
6) Baixo percentual de pesquisas aprovadas em editais de financiamento.

1.3 OPORTUNIDADES
1) Possibilidade de recebimento de alunos da América Latina por meio do Programa de Bolsas Brasil PAEC OEA-GCUB.
2) Sensibilidade da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação às demandas do programa.
3) Possibilidades de intercâmbio de cooperação científica com universidades europeias.
4) Possibilidades de maior articulação entre a pós-graduação e a graduação por meio de ações de extensão.
5) Possibilidades de desenvolvimento de pesquisas que contribuam a compreensão e enfrentamento dos impactos da pandemia de COVID-1 na sociedade.
6) Possibilidades de contribuir com o desenvolvimento loco-regional por meio da formação acadêmica da comunidade.

1.4 RESTRIÇÕES EXTERNAS
1) Reduções orçamentárias constantes ao longo dos últimos anos para as universidades federais e, consequentemente, para as áreas da pesquisa e pós-graduação.
2) Limitação na oferta de bolsas para os discentes.
3) Restrições nos editais de financiamento à pesquisa que contemplem a área interdisciplinar.
4) Falta de valorização da carga horária docente dedicada à pós-graduação dentro da UFERSA.
5) Quantidade limitada de servidores técnicos administrativos dedicados ao apoio às atividades de pós-graduação.

2. AS METAS E AÇÕES DO PROGRAMA, EM CONSONÂNCIA COM A AVALIAÇÃO ACIMA, VISANDO SUA SUSTENTABILIDADE
Meta 1: Melhoria dos índices de produção acadêmica de discentes e docentes
Ações estratégias:
1.Implementar a Comissão de Acompanhamento da Produção Acadêmica, constituída por dois docentes e um representante discente.
2.Estimular a participação discente em congressos com abrangência internacional ou nacional para apresentação de trabalhos.
3.Ofertar regularmente disciplina optativa sobre escrita e publicação científica.
4.Direcionar recursos do programa para subsidiar o pagamento das taxas de publicação em periódicos conceituados.
5.Estimular entre os docentes o desenvolvimento de trabalhos em conjunto.
6.Promover anualmente workshops e oficinas sobre a produção acadêmica como ferramenta para desenvolvimento e auto avaliação.
7.Abrir canal de acompanhamento e estímulo da produção acadêmica dos discentes egressos com os docentes.

Meta 2: Formação discente
Ações estratégicas:
1.Instituir comissão de acompanhamento dos alunos bolsistas.
2.Instituir ferramentas de acompanhamento e avaliação semestral do desempenho discente.
3.Instituir ferramentas de avaliação do desempenho docente pelo discente.
4.Implementar Manual Discente com a descrição das principais obrigações e direitos do discente dentro do programa e da universidade.
5.Buscar junto ao Centro de Línguas do Semiárido/UFERSA a oferta de cursos e minicursos de língua inglesa para os discentes.

Meta 3: Capacitação técnica de discentes e docentes
Ações estratégicas:
1. Ofertar oficinas e workshops sobre Tecnologias da Informação e Comunicação importantes para os discentes e docentes do programa.
2. Ofertar treinamento sobre o correto e completo preenchimento da Plataforma Lattes.

Meta 4: Equilibrar a distribuição das orientações entre as linhas de pesquisa
Ações estratégicas:
1. Promover anualmente editais de credenciamento e recredenciamento docente respeitando a proporcionalidade entre as duas linhas de pesquisa do programa.
2. Incluir entre os critérios para oferta de vagas nos editais de seleção discente a proporcionalidade entre os quantitativos de discentes já ingressos em cada linha de pesquisa.

Meta 5: Inserção local, regional e internacional
1. Articular com a Assessoria de Comunicação da UFERSA a divulgação das ações e projetos desenvolvidos pelos docentes e discentes do programa.
2. Criar os canais oficiais do programa nas principais redes sociais, visando o compartilhamento de informações relevantes com a comunidade.
3. Buscar junto ao Centro de Línguas do Semiário/UFERSA a oferta de cursos e mini-cursos de aperfeiçoamento em língua inglesa para os docentes.
4. Viabilizar junto aos docentes do programa que já dispõem de parcerias com instituições internacionais a oferta de seminários virtuais com professores estrangeiros.
5. Viabilizar junto à Assessoria de Relações Institucionais e a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação a oferta de seminários com professores estrangeiros.

Meta 6: Desenvolvimento e qualificação das pesquisas desenvolvidas no programa
Ações estratégias:
1. Criação de comissão para acompanhamento da abertura, ofertas e regras de editais de financiamento de pesquisas em níveis locais, regionais, nacionais e internacionais.
2. Estimular a participação docente em grupos de pesquisas com membros de outras instituições.
3. Estimular a parceria entre docentes no desenvolvimento das pesquisas.
4. Estimular a participação dos alunos egressos na equipe de novas pesquisas.

3. O APOIO INSTITUCIONAL PARA O CUMPRIMENTO DE METAS, VISANDO TANTO A MELHORIA E MODERNIZAÇÃO DAS LINHAS DE PESQUISA QUANTO O ATENDIMENTO DAS DEMANDAS RELACIONADAS AO CORPO DOCENTE
O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFERSA para o período 2015/2020 considera que “A produção do conhecimento por meio do desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação é uma atividade importante que visa à ampliação dos limites do conhecimento científico e à formação de futuros pesquisadores e docentes de nível superior” (UFERSA, 2015, p. 23). Neste sentido a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG) tem agido para possibilitar o crescimento e desenvolvimento do PPGCTI. Para a melhoria e modernização das linhas de pesquisa, assim como para o atendimento às demandas do corpo docente, a PROPPG tem contribuído com a oferta de editais de financiamento de pesquisas, editais de financiamento de publicações, assistência da Assessoria de Relações Internacionais (ARI), recursos financeiros para custeio dos programas, infraestrutura física e pessoal de secretariado, além da oferta de oficinas e workshops de capacitação para docentes e coordenação do programa.

4. AS ESTRATÉGIAS PARA ADEQUAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO E PRODUÇÃO DISCENTE
As estratégias para adequação e atualização da formação e produção discente estão presentes nas metas 1 e 2 já listadas anteriormente pelo programa. Estas estratégias contemplam ações voltadas para o acompanhamento discente ao longo de seu percurso dentro do programa e após sua saída, além da oferta de disciplinas, workshops e oficinas relevantes à sua capacitação, o estímulo à sua participação e produção junto à congressos e eventos acadêmicos contando com apoio financeiro do programa e da instituição. Também é previsto em resolução específica do programa a seleção anual dos bolsistas, tendo que os bolsistas já contemplados anteriormente tenham que se submeter à nova seleção para renovação da bolsa por mais um ano. Esta ação contribui para que o aluno bolsista mantenha em vista a necessidade de produção ao longo de todo o seu percurso na pós-graduação. Ainda se destaca como ação para contribuir com a formação discente o estímulo à participação de cursos de línguas estrangeiras ofertadas pelo Centro de Línguas do Semiário/UFERSA.

5. AS METAS QUE GARANTAM ADEQUADO ESPAÇO FÍSICO PARA ESTRUTURA LABORATORIAL, PARA A PLENA ATIVIDADE DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E SEU DESENVOLVIMENTO
Desde sua implantação o Programa conta com o suporte e infraestruturas da Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA, dispondo de amplas condições para o ensino, a pesquisa e a intervenção social, compartilhada por docentes e discentes do Mestrado. O corpo docente atua nos cursos de graduação da instituição, possuindo ambiente de escritório exclusivo para atendimento individual e/ou em grupo de discentes, equipado com computador com acesso à Internet. Nesse sentido, o docente permanente ou mesmo o colaborador no curso de Pós-Graduação tem acesso amplo a laboratórios e à rede informatizada, igualmente acontece com todos os discentes desde sua matrícula.
Nos últimos anos, a instituição foi contemplada com importantes investimentos públicos de qualificação das condições de ensino, com reestruturação e ampliação de suas salas de aula, rede de laboratórios e infraestrutura voltadas ao apoio didático nas diversas áreas de formação, fortalecendo-se o fazer científico e a sustentabilidade na tríade ensino-pesquisa-sociedade. A partir desse cenário de expansão de atividades acadêmicas e administrativas a infraestrutura física da Universidade, foi submetida a diversas intervenções de melhoria visando ao alcance dos objetivos organizacionais. As salas de aulas da UFERSA são climatizadas com a disponibilidade de equipamentos para projeção multimídia, cadeiras universitárias, quadro branco para uso de pincel, proporcionado um ambiente adequado para as atividades acadêmicas.
Além do acervo e rede de laboratórios disponíveis no Programa anteriormente descritos, ainda se destacam, entre outros, laboratórios que podem ser utilizados pelo corpo docente e discente, a exemplo do Laboratório Didático de Informática e Análise de Dados e os Laboratório de Habilidades do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS, Laboratórios para reserva no Bloco de Ciências da Computação (LCC), Laboratórios do Centro de Engenharias e Laboratórios do Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas da UFERSA.
A UFERSA possui ainda o Núcleo de Inovação Tecnológica, responsável pela gestão da política de inovação tecnológica e de proteção ao conhecimento gerado na universidade, como na região do semiárido, vinculado justamente à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, contando com a colaboração de professores, pesquisadores, profissionais e lideranças locais. O Núcleo de Inovação Tecnológica se propõe como órgão de referência regional em políticas de incentivo à inovação de forma sustentável, qualificado especialmente nas áreas de proteção à propriedade intelectual e transferência tecnológica e na captação e direcionamento de recursos intelectuais e financeiros para o fomento à inovação com vistas ao desenvolvimento sustentável da região semiárida.
Reforça-se que o coletivo do Programa lança mão da utilização dos diversos recursos didáticos, metodológicos e tecnológicos disponíveis na instituição. Entre os objetivos e metas previstos no Plano de Desenvolvimento Institucional da UFERSA (2015-2020), menciona-se a ampliação da infraestrutura laboratorial disponível na instituição para as ações de pesquisa na graduação e pós-graduação. Deste modo, a PROPPG, no último quadriênio, tem somado esforços para a manutenção e disponibilização de infraestrutura institucional para realização das atividades acadêmicas e administração, bem como o suporte técnico e pedagógico nas ações de pesquisa e extensão com a disponibilidade de laboratórios multiusuários e recursos tecnológicos diversificados, como já citados.
O PPGCTI integra os coletivos de discussão e planejamento das ações voltadas ao incremento da pesquisa e pós-graduação na UFERSA, com vistas a dar maior visibilidade ao papel estratégico da área interdisciplinar, especificamente, o campo das ciências humanas e sociais no contexto da produção científica e cultural do semiárido brasileiro.
Atualmente, encontra-se em ampla discussão e tramitação, o PDI para o período 2021-2025, voltando-se aos aspectos macros ao desenvolvimento e na manutenção da qualidade no ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir com o desenvolvimento econômico local. No recorte de pós-graduação, traçou-se importantes metas incrementar e qualificar os programas de pós-graduação, ampliar a produção científica dos programas e celebrar convênios com empresas público/privadas para estruturar a pesquisa e pós-graduação. Fortalece-se a participação de estudantes na pós-graduação, a qualificação docente, o apoio aos comitês de ética em pesquisa, bem como a recuperação e ampliação da infraestrutura de pesquisa e pós-graduação.

6. A POLÍTICA DE COTAS E AÇÕES AFIRMATIVAS
A vocação interdisciplinar e a inserção na Câmera II – Sociais e Humanidades, assinala no PPGCTI o compromisso técnico, ético e político com as problemáticas sociais que envolvem a vida em coletividade, fortalecendo-se as pautas inclusivas e o ideal de equidade. Partindo-se dessa prerrogativa, o corpo social do Programa, em consonância com o cenário da política de cotas e ações afirmativas no âmbito da pós-graduação brasileira, estimula o debate amplo sobre grupos vulneráveis e necessidade de maiores investimentos na formulação de políticas públicas voltadas aos preceitos de equidade e democracia já reforçados na Constituição Federal. Tal luta se materializa no arcabouço de sua produção técnica, científica, acadêmica, cultural e artística do seu corpo de docentes, discentes e egressos nos últimos quatro anos, privilegiando a diversidade étnica, racial, sexual, entre outras, que permeia as instituições de nossa sociedade. Debates sobre igualdade de gênero, cultura de povos indígenas, inclusão social, população quilombola, saúde mental, população LGBTT, entre outros, estão presentes em objetos de pesquisa e intervenção no conjunto de produção do nosso curso.
Mesmo vivenciando um contexto de crise sanitária e humanitária e, historicamente, lidarmos com os cortes crescentes de investimentos financeiros por parte do governo federal no campo das ações afirmativas, o PPGCTI tem se engajado junto a outros programas de pós-graduação, em especial da área social e humanidade, no debate amplo junto a gestão universitária em prol da formulação da política afirmativas entre os cursos de mestrado e doutorado da instituição. Entende-se ações afirmativas na pós-graduação todo conjunto de práticas e estratégias de equidade destinadas a um coletivo discriminado historicamente, seja por sua condição de raça e de classe social, orientação sexual, condição biológica, assim como, pelos processos de produção e reprodução do capital, ditos, ainda vulneráveis.
O PPGCTI traçou como importante meta junto a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFERSA, a implantação da política de cotas entre os seus cursos para a inclusão e permanência, no seu corpo discente, de indígenas e negros/as, população LGBTT, entre outros grupos, ainda com pouca representatividade nesse espaço. Nos próximos meses a Congregação de Pós-Graduação que representa os coordenadores dos programas e a Coordenação de Ações Afirmativas, Diversidade e Ações Sociais (CAADIS) da universidade para implantação a partir de 2021, com apoio de docentes que integram o Programa.

3 de outubro de 2024. Visualizações: 41. Última modificação: 03/10/2024 19:52:57